
Bento XVI, dando sinais de almejar o regresso ao absolutismo católico-apostólico-romano, disse no seu primeiro Sínodo aos Bispos e ao mundo:
A tolerância que admite Deus como uma opinião individual mas que o exclui do domínio público, da realidade do mundo e da nossa vida, não é tolerância mas sim hipocrisia.Lemos e respeitamos. Até porque o Papa se julga por esquizofrenia espiritual própria do cargo um chefe infalível. Mas não concordamos. Longe disso, se nos ativermos à realidade próxima. E essa realidade dá mais conta de intromissão da religião católica no domínio público que da sua ausência ou relegação para o domínio individual. Em que se inclui o facto de, mais de trinta anos passados sobre o fim do católico-fascismo à portuguesa, a Igreja Católica ser, em Portugal, e inconstitucionalmente, aquela que domina o exclusivo na assistência religiosa nas instituições públicas ditas "segregadas" (forças armadas, hospitais, prisões, etc.) e a única igreja que tem esse direito, sendo os seus ministros oficializados e pagos pelo Estado e, no caso das forças armadas, têm mesmo patente militar, estando integrados nos quadros de oficiais!. Como muito bem se denuncia
aqui.
Mais do que já tem a Santa Madre Igreja, só lhe pode dar o fundamentalismo religioso. E andar para trás, como pretende Bento XVI, é o caminho da regressão ao cartelismo religioso-católico livre das leis do mercado dos espíritos (ou das subjugações espirituais).
De Anna Pancini a 12 de Fevereiro de 2007 às 16:36
Gostaria de comentar que quando o Papa Bento XVI pronunciou esse comentário estava criticando o laicismo que está tão arraigado na sociedade atual. Da mesma forma que uma pessoa tem o direito de ser atéia outras também o tem de ser fiéis, cristãs. Essa atitude de banir Deus da sociedade é extremamente retrógrada, antiquada, pois priva o ser humano da sua liberdade.
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