Terça-feira, 19 de Julho de 2005
Este é também um governo de transição. A maior parte dos ministros e governadores não têm experiência para um nível tão alto e inevitávelmente alguns vão falhar. Além disso, nem todos os ministros foram escolhidos por Guebuza. Alguns foram nomeados por figuras seniores do partido Frelimo, alguns por razões pessoais, e o governo contem ainda ministros leais à ala Chissano do partido. Tem havido uma azeda luta interna no governo, e Guebuza está portanto ainda a tentar ganhar a lealdade do seu próprio governo. Parece provável que haja uma remodelação no próximo ano.
Entretanto, dentro do partido Frelimo, continua a luta entre apoiantes de Guebuza e de Chissano. A substituição de Chissano como presidente do partido não foi planificada nem esperada, mas aconteceu quando os leais a Guebuza sentiram que Chissano estava a minar o novo governo. Por isso Guebuza está a dispender parte do seu tempo reconstruindo o partido e assumindo o seu controlo, para fazer dele um instrumento de mobilização para o novo governo.De artigo do jornalista britânico Joe Hanlon citado
aqui.