Esta vai para o
caro Lutz (exímio a desafiar neurónios alheios e homem de liberdade a quem repugnam todas as formas de totalitarismo) para ver como ele se desengoma. Então é assim:
Segundo a
nossa estimada Helena, uma conhecedora dos dramas de Buchenwald:
- Aquele campo de concentração foi aberto para opositores ao regime nazi (comunistas, socialistas, religiosos, etc), durante a guerra funcionou para trabalhadores forçados de várias nacionalidades e, já na fase da ofensiva soviética, para extermínio de judeus trazidos de Auschwitz.
- Libertado e denunciado pelos anglo-americanos, Buchenwald viria a integrar-se na zona de ocupação militar soviética onde seria implantada a RDA.
- Durante a ocupação soviética, e entre 1945 e 1950, Buchenwald, o mesmíssimo campo de concentração de Buchenwald, foi reutilizado com uma nova leva de prisioneiros (não sujeitos a julgamentos ou condenações), desta vez, de novo, alemães (agora por suspeitas de filiação ou simpatia nazis). Terão por lá estado, neste período, 28.455 prisioneiros alemães (segundo fontes russas).
Agora vamos à questão,
caro Lutz:
- Como explica que, relativamente a Buchenwald, a denúncia sobre a utilização nazi do campo seja tão veemente e ecoada e se faça um barulho tão silencioso sobre a sua segunda utilização às ordens de Estaline?(*) Jovens, gozai a Guerra, pois a paz será terrível (frase em voga na Alemanha, quando a perspectiva da derrota nazi se avolumava)