
Li e parei. Quero, compadre, que saibas que li e que parei. Parei nos gestos e no tempo. Fiz-me silêncio também. E olhei para longe, para nada, enquanto o consegui.
Depois reli. E vi a dor feita escrita. A mesma escrita seca, poupada e cristalina de sempre. Lá está a tua escrita. Essa filigrana embalada em dignidade de chaparro. A mesma escrita, isso mesmo. Mais triste mas a mesma. E senti os laços que agarram, nos agarram uns aos outros, sobretudo aos que mais se querem tentando que ainda sobrem baraços para os que mais merecem. E que, tu sabes, nem sempre coincidem. E percebi o orgulho na tua tristeza amares quem mais mereceu. Não é para todos. Para ti foi. Gostei de saber e senti-me melhor. Apesar do irremediável.
Um abraço,
compadre.