Domingo, 19 de Junho de 2005

Ele, o Escritor, nem se apercebeu disso, tamanhos eram o empenho e a comoção a aviar abraços aos muitos que lá foram dizer o tanto de estimas ali a desaguarem. Porque o Escritor, pelo menos este Escritor, é um distraído. E eu, manhoso, aproveitei-lhe a distracção e, pumba, meti-o a rabiscar uma dedicatória com mão tremida num diamante e depois zarpei porta fora e feliz por ter enganado o Escritor. Convencido estou que, a estas horas e nas outras horas, o Escritor deve estar convencido que aviou escritos do peito em livros de papel. Engano dele, riqueza minha. Ele que continue distraído porque quanto à peça de joalharia que lhe surripiei essa já está enfiadinha no guarda-jóias da minha riqueza de afectos e talentos. Enganei-te bem ó
Carlos. Xicuembo, olé!
De
Carlos a 20 de Junho de 2005 às 01:36
Pois é. Ruminava eu a maneira de descoser a camisa de onze varas onde estava metido, enfim, tentava tapar os buracos que abria com a abertura de outros, como é que podia, em tal confusão, lobrigar garimpeiro audaz, que ao modesto e vulgar calhau insiste em chamar-lhe tijolo coleccionável - até utiliza, ou subentende, 'jóia'?
Caramba, se tu soubesses como eu me sentia... houve alturas em que até suspirava por um alarme de incêndio, uma invasão de ratas, um arrastão de pitas, eu sei lá... algo que me tirasse daquele sufoco! Chiça, que a vida de escrivão é dura, ai se é...
De
th a 19 de Junho de 2005 às 10:57
BOM DIA!...LOL
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